A Gol foi autorizada a usar três comissários, em vez dos quatro habituais, em voos com aeronaves Boeing 737-700, que correspondem a cerca de um terço da frota atual e com os quais realiza a maioria de seus voos nacionais. Atualmente, a empresa possui 43 aviões do modelo.
A medida já foi adotada em um voo recente, segundo relato feito por um leitor do G1 e confirmado pela Gol.
Segundo a companhia aérea, a redução do número de comissários foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) após a realização de testes de segurança. Até 2010, o número de comissários necessários a bordo no Brasil levava em conta o número de saídas de emergência da aeronave, mas a norma foi modificada e, desde então, para que a empresa seja certificada a operar com menor número de comissários, a Anac exige testes de evacuação.
A agência informou que a demonstração de evacuação de emergência foi realizada pela Gol em 31 de outubro de 2011 e que, após análises internas, a companhia foi autorizada a utilizar três comissários no Boeing 737-700. A data da homologação não foi divulgada.
A empresa diz que tomou a medida como forma de cortar gastos e que já havia informado, em 2011, que ela estava em estudo. Em nota enviada ao G1, a Gol informa que "vem estudando alternativas que visem a sustentabilidade de suas operações. Dentre as medidas tomadas, a companhia já recebeu homologação da Agência Nacional de Aviação Civil para operar com três comissários em suas aeronaves Boeing 737-700, que correspondem a cerca de 30% de sua frota, considerando a frota da Gol e Webjet combinadas".
Desde o início do ano, após a divulgação de balanço financeiro no qual apresentou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões em 2011, a empresa divulgou cortes na tripulação e no número de voos para reduzir os custos. Em 12 de abril, a companhia suspendeu o serviço de bordo e o cliente tem de pagar por sanduíches, snacks ou bebidas quentes, cervejas, refrigerantes e sucos, entre outros. A água será dada ao cliente, segundo a Gol, caso ele peça.
Nesta sexta-feira (5), a Gol divulgou que teve um prejuízo líquido no 1º trimestre de 2012 de R$ 41,4 milhões.
Na nota enviada ao G1 sobre o corte de comissários a bordo, a Gol diz que, para colocar em vigor a medida, "é necessário treinar sua tripulação nos procedimentos do novo formato" e que "esta já é uma prática adotada internacionalmente e é realizada de modo a garantir os altos níveis de segurança de seus clientes e colaboradores, item prioritário de sua política de gestão".
Sindicato critica
"As empresas estão diminuindo cada vez o número de tripulantes. Comissário não é um mero bandejeiro, uma garçonete. É um profissional treinado para garantir a segurança de voo", critica Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
"Se ocorrer um acidente, um incêndio, qualquer coisa a bordo e for necesário uma evacuação, é preciso um profissional qualificado, um comissário que conheça o ambiente e saiba coordenar isso mesmo sob condições adversas, como fumaça ou fogo. Só um comissário sabe a localização das saídas de emergência e de extintores, os procedimentos para retirada de crianças e idosos e o que precisa realmente ser feito. Não é possível delegar uma função destas a um passageiro", acrescenta ele.
Para ele, "a retirada de um comissário afeta todo o voo".
"Em uma possível evacuação, uma das portas ou saída de emergência poderá contar com apenas um tripulante e haverá riscos. Em uma simulação é tudo combinado. Você usa seus melhores profissionais, treinados, para que a evacuação dê certo. Em um acidente, não tem jogo combinado. Nada acontece como esperado", critica Camacho.
Apesar de ter o aval para reduzir o número de tripulantes a bordo, o Gol ressalta que o procedimento ainda não entrou em operação. "É necessário treinar sua tripulação nos procedimentos do novo formato", informou em nota a Gol.
O G1 recebeu por meio do canal de interatividade Fale Conosco o relato de uma ocorrência em um voo recente em que apenas três comissários estavam presentes e foi solicitado a um passageiro que, se necessário, atuasse na remoção do restante a bordo. A Gol confirmou que o fato ocorreu, mas disse que a companhia não divulgou quando foi e nem qual o percurso afetado. Explicou que o caso foi fora do planejado porque um tripulante teve problemas de saúde e como já havia a autorização, o corte na tripulação foi realizado.
A companhia ressaltou que é um procedimento mundial a orientação de passageiros que estejam sentados na saída de emergência para que saibam operar em uma possível evacuação e que, por isso, as poltronas não são utilizadas por idosos ou crianças.
Após a divulgação do déficit no ano passado, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, anunciou que estão sendo eliminados entre 80 e 100 voos diários (essa revisão da malha teve início em março e deve ser concluída em abril). O número equivale a 8% dos voos diários totais da Gol e da WebJet.
A medida já foi adotada em um voo recente, segundo relato feito por um leitor do G1 e confirmado pela Gol.
Segundo a companhia aérea, a redução do número de comissários foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) após a realização de testes de segurança. Até 2010, o número de comissários necessários a bordo no Brasil levava em conta o número de saídas de emergência da aeronave, mas a norma foi modificada e, desde então, para que a empresa seja certificada a operar com menor número de comissários, a Anac exige testes de evacuação.
A agência informou que a demonstração de evacuação de emergência foi realizada pela Gol em 31 de outubro de 2011 e que, após análises internas, a companhia foi autorizada a utilizar três comissários no Boeing 737-700. A data da homologação não foi divulgada.
A empresa diz que tomou a medida como forma de cortar gastos e que já havia informado, em 2011, que ela estava em estudo. Em nota enviada ao G1, a Gol informa que "vem estudando alternativas que visem a sustentabilidade de suas operações. Dentre as medidas tomadas, a companhia já recebeu homologação da Agência Nacional de Aviação Civil para operar com três comissários em suas aeronaves Boeing 737-700, que correspondem a cerca de 30% de sua frota, considerando a frota da Gol e Webjet combinadas".
Desde o início do ano, após a divulgação de balanço financeiro no qual apresentou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões em 2011, a empresa divulgou cortes na tripulação e no número de voos para reduzir os custos. Em 12 de abril, a companhia suspendeu o serviço de bordo e o cliente tem de pagar por sanduíches, snacks ou bebidas quentes, cervejas, refrigerantes e sucos, entre outros. A água será dada ao cliente, segundo a Gol, caso ele peça.
Nesta sexta-feira (5), a Gol divulgou que teve um prejuízo líquido no 1º trimestre de 2012 de R$ 41,4 milhões.
Na nota enviada ao G1 sobre o corte de comissários a bordo, a Gol diz que, para colocar em vigor a medida, "é necessário treinar sua tripulação nos procedimentos do novo formato" e que "esta já é uma prática adotada internacionalmente e é realizada de modo a garantir os altos níveis de segurança de seus clientes e colaboradores, item prioritário de sua política de gestão".
Sindicato critica
"As empresas estão diminuindo cada vez o número de tripulantes. Comissário não é um mero bandejeiro, uma garçonete. É um profissional treinado para garantir a segurança de voo", critica Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
"Se ocorrer um acidente, um incêndio, qualquer coisa a bordo e for necesário uma evacuação, é preciso um profissional qualificado, um comissário que conheça o ambiente e saiba coordenar isso mesmo sob condições adversas, como fumaça ou fogo. Só um comissário sabe a localização das saídas de emergência e de extintores, os procedimentos para retirada de crianças e idosos e o que precisa realmente ser feito. Não é possível delegar uma função destas a um passageiro", acrescenta ele.
Para ele, "a retirada de um comissário afeta todo o voo".
"Em uma possível evacuação, uma das portas ou saída de emergência poderá contar com apenas um tripulante e haverá riscos. Em uma simulação é tudo combinado. Você usa seus melhores profissionais, treinados, para que a evacuação dê certo. Em um acidente, não tem jogo combinado. Nada acontece como esperado", critica Camacho.
Apesar de ter o aval para reduzir o número de tripulantes a bordo, o Gol ressalta que o procedimento ainda não entrou em operação. "É necessário treinar sua tripulação nos procedimentos do novo formato", informou em nota a Gol.
O G1 recebeu por meio do canal de interatividade Fale Conosco o relato de uma ocorrência em um voo recente em que apenas três comissários estavam presentes e foi solicitado a um passageiro que, se necessário, atuasse na remoção do restante a bordo. A Gol confirmou que o fato ocorreu, mas disse que a companhia não divulgou quando foi e nem qual o percurso afetado. Explicou que o caso foi fora do planejado porque um tripulante teve problemas de saúde e como já havia a autorização, o corte na tripulação foi realizado.
A companhia ressaltou que é um procedimento mundial a orientação de passageiros que estejam sentados na saída de emergência para que saibam operar em uma possível evacuação e que, por isso, as poltronas não são utilizadas por idosos ou crianças.
Após a divulgação do déficit no ano passado, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, anunciou que estão sendo eliminados entre 80 e 100 voos diários (essa revisão da malha teve início em março e deve ser concluída em abril). O número equivale a 8% dos voos diários totais da Gol e da WebJet.
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