segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Emprego formal passa 150 mil e bate recorde em agosto, diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, durante entrevista a rádios de Roraima, que a geração de empregos formais em agosto deve ter chegado a 150 mil e batido recorde.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), segundo o presidente, serão divulgados no próximo dia 17 pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

"Certamente vamos bater outra vez recorde de criação de empregos. Deve ser por volta de 150 mil empregos. Enquanto o mundo inteiro está tendo desemprego, vamos chegar ao fim do ano com quase um milhão de empregos novos criados com carteira assinada", disse Lula.

O último Caged registrou a criação de 138.402 vagas formais em julho de 2009, o melhor saldo registrado no ano e o quarto maior da série histórica, segundo dados do cadastro.

O número é 0,43% maior do que o registrado no mês anterior, mas é menor do que o referente a julho de 2008, quando foram criados 203.218 postos. No acumulado do ano (de janeiro a julho), o saldo é de 437.908 postos.

Em 12 meses, no entanto, a comparação ainda é desfavorável. Neste período, foram criadas 325.506 vagas. Isso representa uma perda de mais de 1 milhão de empregos em relação ao resultado no final de 2008 (1,452 milhão de vagas).

Com a recuperação verificada em julho, no entanto, o governo mantém a previsão de fechar os 12 meses encerrados em 2009 com a criação de 1 milhão de empregos.

Setores

Na comparação entre junho e julho, houve expansão do emprego em todos os setores: construção civil (32.175), agricultura (29.483), serviços (27.655), comércio (27.336) e indústria de transformação (17.354).

Regionalmente, os resultados ficaram positivos no Sudeste (65.344), Nordeste (39.291), Sul (11.624), Centro-Oeste (11.115) e Norte (11.028). O destaque foi o estado de São Paulo (52.811), tanto no interior como na região metropolitana.

Expectativa

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) havia afirmado que o resultado de agosto deveria superar a marca de 150 mil novas vagas.

"Agosto será melhor que julho. Vamos ter uma sequência de resultados positivos que vai surpreender a todos. O comportamento de todos os setores tem sido positivo. A recuperação da indústria tem sido fundamental e a construção civil pegou ritmo de novo", afirmou da época da divulgação dos números de julho.