quarta-feira, 22 de junho de 2011

Desemprego fica em 6,4% em maio, diz IBGE (Postado por Erick Oliveira)

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 6,4% em maio, o mesmo índice registrado no mês anterior, segundo indica levantamento divulgado nesta quarta-feira (22). Essa é a menor taxa para meses de maio desde o início da série histórica do órgão, em março de 2002. Em maio do ano passado, a desocupação ficara em 7,5%.
A população desocupada foi estimada em 1,5 milhão de pessoas, o mesmo resultado de abril. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, registrou recúo de 13,7%.
Seguindo o mesmo comportamento, a população ocupada somou 22,4 milhões, ficando estável sobre abril. Na comparação com maio de 2010, foi observada alta de 2,5%.
"O grande destaque que a gente tem na pesquisa esse mês é o aumento significativo de postos de trabalho na indústria em São Paulo, com a geração de 49 mil empregos, e em Belo Horizonte, com a criação de 30 mil vagas. A indústria já começa a absorver uma parte da mão de obra, com a criação de 70 mil postos de trabalho em relação a abril", disse Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou em 10,8 milhões, sem variação sobre o mês anterior. Sobre maio de 2010, cresceu 6,7%.
"O emprego com carteira assinada continua em alta em todas as regiões. É uma mudança estrutural do mercado, que decorre também do aumento da fiscalização. Essa mudança no mercado, que está terceirizando funcionários, faz crescer o contingente de trabalhadores com carteira assinada. O número de trabalhadores com carteira assinada teve um grande crescimento. Nunca esteve igual na história”, afirmou o gerente.
SalárioO rendimento médio real habitual dos ocupados R$ 1.566,70, valor mais alto para o mês de maio desde 2002, segundo o IBGE, avanço de 1,1% na comparação mensal e de 4% na anual.
Por região
Sobre maio do ano passado, duas regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE tiveram variações significativas: Belo Horizonte (de 5,3% para 4,7%) e Rio de Janeiro (de 4,8% para 5,4%). Na comparação anual, tiveram baixas Recife (2,9 pontos percentuais), Salvador (1,5 ponto percentual), Belo Horizonte (1,1 ponto percentual), Rio de Janeiro (0,9 ponto percentual) e São Paulo (1,1 ponto percentual). Apenas em Porto Alegre a taxa ficou estável.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Desemprego na América Latina deve ficar abaixo de 7% este ano ( Por Dandara Medeiros )

   A vigorosa recuperação econômica da América Latina e do Caribe, em 2010, permitiu que a região registrasse significativa queda na taxa de desemprego urbano para 7,3% no final do primeiro trimestre deste ano. Foi o nível mais baixo dos últimos 20 anos, de acordo com publicação conjunta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgada hoje (14).

A OIT e a Cepal concluíram que as políticas anticíclicas adotadas por alguns países para enfrentar a crise financeira internacional de 2008/2009 contribuíram para a redução da vulnerabilidade econômica e possibilitaram a reativação econômica mais rápida. Neste ano, porém, a recuperação ocorre em menor ritmo, mas ainda é de crescimento, o que permite prever uma taxa de desemprego urbano entre 6,7% e 7% no final de 2011.

A Conjuntura do Trabalho na América Latina e no Caribe enfatiza que depois da retração vivida pelos países da região, em 2009, a recuperação econômica no ano passado foi “inesperadamente vigorosa”, com reflexos positivos na oferta de empregos  e no aumento da renda. A publicação destaca que o emprego formal cresceu ao redor de 6% no Brasil, Uruguai, Chile e na Nicarágua e em um nível entre 3% e 5% na Costa Rica, no México, Panamá e Peru.

Apesar da melhora, a OIT e a Cepal registram que ainda há 16,1 milhões de desempregados urbanos na América Latina e no Caribe. Situação que poderá ser amenizada com a implementação de medidas anticíclicas de longo prazo, “claramente delineadas para o crescimento sustentável da região como um todo”, de modo que os países latinos e caribenhos possam crescer bem mais que os 4% estimados para o Produto Interno Bruto (PIB) regional deste ano.

Jornal da Mídia