terça-feira, 19 de julho de 2011

Criação de empregos recua 13,4% no 1º semestre, para 1,4 milhão de vagas (Postado por Erick Oliveira)

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta terça-feira (19) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 1,41 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. Com isso, houve queda de 13,4% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 1,63 milhão de vagas.
Além de ter registrado queda frente ao ano passado, os dados do governo mostram que a criação de empregos formais, no primeiro semestre deste ano, também ficou abaixo do resultado registrado em igual período de 2008 - quando foram criados 1,44 milhão de empregos com carteira assinada.
"Houve uma pequena queda [na criação de empregos formais no primeiro semestre]. Não vejo desaceleração. Pode ter um crescimento menor. Em 2010, houve algumas antecipações de contratações no primeiro semestre por conta do processo eleitoral. Neste ano, não temos eleições. Acho que o segundo semestre [deste ano] vai ser melhor [do que o primeiro]. Muitas multinacionais estão investindo no Brasil. Tem muito investimento para começar a estourar", declarou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Setores
De janeiro a junho deste ano, segundo o Ministério do Trabalho, alguns setores registraram queda na criação de empregos formais. A indústria de transformação, por exemplo, abriu 261 mil empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, com queda de 37,6% frente ao mesmo período de 2010 (419 mil postos formais).
O mesmo aconteceu com a construção civil e com o comércio. Na construção civil, foram contratados 186 mil trabalhadores com carteira assinada nos seis primeiros meses deste ano, com recuo de 28,3% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 259 mil vagas. O comércio, por sua vez, contratou 120 mil pessoas no primeiro semestre, com queda de 28,1% frente aos seis primeiros meses de 2010 (+168 mil postos).
Outros setores, porém, registraram crescimento. É o caso da agricultura, que contratou 235 mil trabalhadores, com elevação de 26,2% frente ao mesmo período de 2010 (+186 mil vagas). Nos serviços, houve a contratação de 564 mil trabalhadores nos seis primeiros meses deste ano, com pequena alta frente ao mesmo período de 2010 (+554 mil postos).
Mês de junho
Em junho deste ano, os dados do governo mostram que foram abertas 214 mil vagas formais, o que representa um pequeno aumento frente ao mesmo patamar do ano passado (+212,9 mil postos de trabalho). Entretanto, o valor ainda ficou bem distante do recorde para meses de junho, que foi registrado em 2008. Naquele mês, foram criados 309,4 mil empregos formais.
Ano passado e previsão para 2011
Em todo ano passado, os números do governo mostram que foram criados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada no país, recorde histórico. Porém, a meta foi atingida somente com mudanças no formato de divulgação dos dados do Caged – que passaram a incorporar, no mesmo ano, as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.
Para 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, Lupi manteve a previsão de que serão criadas três milhões de vagas formais (novo recorde) apesar do corte de gastos de R$ 50 bilhões anunciado e da subida da taxa básica de juros. Essas medidas buscam conter o crescimento da inflação.

Nenhum comentário: