sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A crise dos "descontroladores" civís, recente entre nós, repete agora na Espanha, ainda assim, nosso país pretende desmilitarizar para sindicalizar a categoria e se tornar refém dela

Ao mesmo tempo em o Ministério da Defesa da Espanha enquadram militarmente os controladores de vôos, o Brasil pretende entregar a tarefa aos próprios "descontroladores"

Enquanto na Espanha o Ministério da Defesa assume o controle de vôo, aqui no Brasil, absurdamente, se pretende retirar da Aeronáutica esse papel


Após greve de controladores, militares assumem aeroportos na Espanha

Plantão | Publicada em 03/12/2010 às 23h33m
BBC

Passageiros aguardam no aeroporto em Madri: greve afetou 250 mil pessoas
O governo espanhol ordenou na noite desta sexta-feira que as Forças Armadas assumissem o controle do espaço aéreo do país, após cerca de 90% dos controladores terem entrado em greve.
Os principais aeroportos da Espanha - como Barajas, em Madri - foram militarizados depois que os funcionários não assumiram seus postos como forma de protestos por melhores salários.
A greve instaurou o caos nos aeroportos e já afeta mais de 250 mil passageiros, que tiveram seus voos adiados ou cancelamos.
Segundo o governo, o Ministério da Defesa controlará o tráfego aéreo até que os controladoras - que são civis - reassumissem o trabalho.
Entre as medidas aprovadas durante uma reunião de emergência estão o envio de 300 controladores militares às torres de controle e a abertura de aeroportos militares ao tráfego civil.
Jornada maior
No início do dia, o governo baixou um decreto determinando que os controladores passassem a ser subordinados ao Ministério da Defesa e que eles sejam examinados por médicos do órgão para comprovar faltas por doenças.
A norma também ampliou a jornada de trabalho de 1.200 horas anuais para 1670.
As cenas que se viam nos aeroportos espanhóis eram de confusão e revolta. Milhares de pessoas se aglomeravam nos balcões de companhias aéreas como Iberia, Ryanair e Easyjet.
'Os controladores estão conquistando o ódio dos espanhóis. Entendo que reivindiquem um direito delas, mas poderiam ter avisado e não ter deixado metade da Espanha irritada e sem férias', disse à BBC Francisco Mallo, de Madri, que tentava embarcar para Turquia com a esposa.
O governo afirmou que se os controladores não voltassem ao trabalho seriam acusados de delito grave.
O sindicato dos controladores explicou que a iniciativa não foi um protesto programado, mas sim algo espontâneo 'fruto do estresse no trabalho'.
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