segunda-feira, 21 de junho de 2010

Criação de empregos formais em maio é recorde para o mês

Segundo Ministério do Trabalho, admissões superaram demissões no mês em 298.041 vagas
Célia Froufe, da Agência Estado  



BRASÍLIA - O Ministério do Trabalho informou nesta segunda-feira, 21, que o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil, em maio, foi de 298.041. Este volume representa um novo recorde para o mês em que é comemorado o Dia do Trabalho. O recorde anterior para meses de maio havia sido em 2004, de 292 mil vagas. Na véspera do feriado deste ano, o ministro Carlos Lupi, ampliou sua meta de geração de empregos formais este ano de 2 milhões para 2,5 milhões, depois de sucessivos resultados recordes nos meses até então.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados há pouco, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2010, a criação de vagas de emprego superou as demissões em 1.260.368 postos de trabalho formais. Em maio do ano passado, foram criados 131.557 postos de trabalho com carteira assinada.
Região Sudeste
A Região Sudeste foi a responsável pela maior criação de vagas formais de trabalho em maio, segundo o Caged. No mês passado, foram criadas na região 189,5 mil vagas com carteira assinada. O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil, em maio, foi de 298.041.
A expansão do emprego ocorreu, no entanto, em todas as regiões no período. O Nordeste (45,8 mil postos), o Sul (34,1 mil postos) e o Norte (11,9 mil postos) registraram saldos recordes no mês passado. A região Centro-Oeste foi responsável pela criação de 16,7 mil vagas.
O Caged identificou também que 25 unidades da federação verificaram expansão do mercado de trabalho em maio. São Paulo encabeçou a lista, com 98,6 mil postos, seguido por Minas Gerais (60,8 mil vagas), Rio de Janeiro (22,3 mil vagas) e Paraná (19,1 mil vagas).
São Paulo também está à frente na geração de empregos quando é avaliado o período dos cinco primeiros meses do ano, com 475,4 mil postos. Em seguida, estão Minas Gerais (193,7 mil vagas), Rio Grande do Sul (96,8 mil) e Paraná (90,5 mil postos).
Governo Lula
O ministro Lupi ressaltou o fato de a criação de vagas formais de trabalho ter passado a marca dos 2 milhões em 12 meses. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados esta tarde, revelaram que de junho de 2009 a maio deste ano, o saldo está positivo em 2.075.467 de postos.
Ele também salientou que desde o início do governo Lula, em 2003, foram criados 13.013.131 postos de trabalho. "Minha previsão continua a de que mais de 15 milhões de empregos formais serão gerados desde o início do governo Lula", reforçou.
Inflação
Lupi, minimizou as avaliações feitas por analistas do mercado financeiro de que a robustez do mercado de trabalho é um ingrediente importante para a economia e que pode ser uma das chaves para justificar o aumento da taxa básica de juros. "Eu já vi também os economistas avaliarem que o Brasil ia acabar com a crise. Fui ridicularizado muitas vezes, mas acertei", afirmou. "O que os economistas precisam avaliar é que falta de produção é que aumenta a inflação", continuou durante entrevista coletiva  comentar os números do mercado de trabalho em maio.
Ainda sobre a atividade, Lupi salientou que o parque industrial brasileiro está voltando ao seu limite de ocupação de 2007, ficando já na faixa entre 81% e 82%. Para ele, no entanto, este não deve ser visto como o único setor produtivo a puxar o crescimento da atividade e do emprego no País. "O que estou avaliando para estes grandes sábios da economia: o Brasil não é só indústria", ironizou.
O ministro também enfatizou que a tendência da inflação é de desaceleração nos próximos meses. Para ele, o grande desafio hoje é saber se a inflação será de 5% ou 5,5% em 2010. "Não vejo risco em ter 0,5 pp a mais ou a menos no ano", disse, comparando com períodos em que a inflação brasileira chegou à casa dos 80% ao mês. Lupi salientou que é preciso, sim, ter cuidado com a inflação, mas que não enxerga problemas para o futuro porque o País está investindo em infraestrutura.

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