A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu de 7,9% em maio para 7,8% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, taxa média de desemprego caiu de 9,9% no primeiro semestre do ano passado para 8,3% no mesmo período de 2008, o menor nível já registrado na nova série histórica da pesquisa mensal de emprego, iniciada em 2002.
Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, os resultados do primeiro semestre confirmam sua expectativa de que a taxa de desemprego total de 2008 deverá ser menor do que a registrada no ano passado (9,3%). "Não temos bola de cristal, mas a situação tem que piorar muito para que este ano não feche com uma taxa menor que a do ano passado", disse.
O número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas somou 21,7 milhões em junho, com aumento de 1,1% em relação a maio e de 4,5% na comparação com junho do ano passado. Foram geradas 932 mil vagas em um ano nas seis regiões. O número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) chegou a 1,84 milhão, com aumento de 0,2% na comparação com maio, mas apresentando queda de 17% na comparação com junho de 2007.
A pesquisa do instituto revelou que, em junho, houve aumento no número de empregados com carteira assinada (0,5% ante maio e 9,5% ante junho de 2007) e alta também nos ocupados sem carteira (2,7% ante o mês anterior e 0,1% ante igual mês do ano passado). Com os dados de junho, a participação dos trabalhadores formais (com carteira assinada e funcionários públicos) no total dos ocupados nas seis regiões subiu de 56% no primeiro semestre de 2007 para 58% em igual período de 2008, nível também recorde.
Segundo Azeredo, o aumento da formalidade é positivo para a evolução do mercado de trabalho e para os resultados da Previdência. "Não é um aumento que ocorreu de uma hora para outra, é algo que vem se sustentando, ainda que o percentual de informais ainda seja muito elevado", disse.
Grande notícia
O nível de ocupação, que é o percentual de ocupados em relação à população de 10 anos ou mais de idade, atingiu o nível recorde de 52% na média das seis regiões metropolitanas no primeiro semestre de 2008. Em 2003, o pior período para o mercado de trabalho desde o início da série, era de 49,8%.
Para Azeredo, "a grande notícia que essa pesquisa traz é essa evolução no nível de ocupação, que mostra uma evolução estrutural no mercado de trabalho", disse. Ele ressaltou que o número de ocupados vem crescendo em patamar muito superior, em torno de 4,5% ao mês, do que a população em idade ativa, acima de 10 anos, com taxa de crescimento anual em torno de 1%.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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