sexta-feira, 25 de julho de 2008

Desemprego cai de 9,9% para 8,3%, menor nível em 6 anos

A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu de 7,9% em maio para 7,8% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, taxa média de desemprego caiu de 9,9% no primeiro semestre do ano passado para 8,3% no mesmo período de 2008, o menor nível já registrado na nova série histórica da pesquisa mensal de emprego, iniciada em 2002.

Para o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, os resultados do primeiro semestre confirmam sua expectativa de que a taxa de desemprego total de 2008 deverá ser menor do que a registrada no ano passado (9,3%). "Não temos bola de cristal, mas a situação tem que piorar muito para que este ano não feche com uma taxa menor que a do ano passado", disse.

O número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas somou 21,7 milhões em junho, com aumento de 1,1% em relação a maio e de 4,5% na comparação com junho do ano passado. Foram geradas 932 mil vagas em um ano nas seis regiões. O número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) chegou a 1,84 milhão, com aumento de 0,2% na comparação com maio, mas apresentando queda de 17% na comparação com junho de 2007.

A pesquisa do instituto revelou que, em junho, houve aumento no número de empregados com carteira assinada (0,5% ante maio e 9,5% ante junho de 2007) e alta também nos ocupados sem carteira (2,7% ante o mês anterior e 0,1% ante igual mês do ano passado). Com os dados de junho, a participação dos trabalhadores formais (com carteira assinada e funcionários públicos) no total dos ocupados nas seis regiões subiu de 56% no primeiro semestre de 2007 para 58% em igual período de 2008, nível também recorde.

Segundo Azeredo, o aumento da formalidade é positivo para a evolução do mercado de trabalho e para os resultados da Previdência. "Não é um aumento que ocorreu de uma hora para outra, é algo que vem se sustentando, ainda que o percentual de informais ainda seja muito elevado", disse.
Grande notícia

O nível de ocupação, que é o percentual de ocupados em relação à população de 10 anos ou mais de idade, atingiu o nível recorde de 52% na média das seis regiões metropolitanas no primeiro semestre de 2008. Em 2003, o pior período para o mercado de trabalho desde o início da série, era de 49,8%.

Para Azeredo, "a grande notícia que essa pesquisa traz é essa evolução no nível de ocupação, que mostra uma evolução estrutural no mercado de trabalho", disse. Ele ressaltou que o número de ocupados vem crescendo em patamar muito superior, em torno de 4,5% ao mês, do que a população em idade ativa, acima de 10 anos, com taxa de crescimento anual em torno de 1%.

Fonte: Tribuna da Imprensa

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cadastro registra criação recorde de 309 mil empregos formais em junho

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Foram registrados em junho de 2008 a criação de 309.442 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (17) pelo Ministério do Trabalho. O crescimento em relação ao mês de maio foi de 1,03%.

O número é recorde não apenas para o período de junho como para todos os meses desde a série histórica, que começou em 2003. O recorde anterior tinha sido registrado em abril de 2007, com 301.991 empregos. O saldo de empregos em junho foi 48,85% maior do que o recorde obtido anteriormente para o mesmo mês, verificado em 2004 com 207.895 postos.

O bom desempenho fez o ministro Carlos Lupi subir a previsão de geração de empregos para 2008 de 1,8 milhão para 2 milhões. No acumulado do ano, o Caged soma 1.361.388 empregos. O número é 24,47% superior ao recorde anterior, que era de 2007 (1.095.503 postos de trabalho).

“A economia brasileira na área da empregabilidade está crescendo de uma maneira forte, homogênea, em todas as regiões do Brasil e em todos os setores. O que mostra que não só a economia do mundo está acreditando no Brasil como o próprio brasileiro”, defendeu Lupi.

Segundo o ministro, o crescimento recorde é decorrência da elevação do número de empregos em quase todos os setores de atividade econômica. A agricultura obteve o melhor desempenho, com saldo 40% superior ao verificado em junho de 2007, totalizando 92.580 postos.

“O recorde é explicado por vários fatores. Primeiro porque o Brasil é um celeiro de produção agrícola no mundo. Quando você tem algum efeito da inflação no aumento dos papéis do setor agrícola, você também tem aumento da lucratividade porque nós somos um grande exportador desses mesmos papéis”, analisou .

O Caged é um registro administrativo que acompanha e fiscaliza o processo de admissão e dispensa (demissão, aposentadoria, morte) de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em todo o país. As empresas encaminham os dados mensalmente ao Ministério do Trabalho.